quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Cada paulista um susto, cada esquina um novo mundo...


Cheguei em São Paulo dia 07 de Outubro, no último domingo... os primeiros problemas da vinda pra cá começaram em Brasília, no Juscelino Kubitschek quando o piloto do avião ousou iniciar a viagem, minha irmã apertou minha mão, chorou, gritou e até me mordeu nos momentos de desespero, minha sorte foi a freira que embarcou no mesmo vôo que nós e passou 1h30 segurando a mão da Dani, conversando, rezando e fazendo tudo que ela tinha direito, foi hilário, estressante, mais cansativo que o normal, mas foi muito gostoso sentir que minha Gut num é de ferro e que eu posso confortá-la em alguns momentos ainda.


Primeira impressão da cidade observando do avião foi que nada é ordenado, as ruas são pequenas... tudo tranquilo e administrável, eu achava...


Andar de metro em São Paulo, é confuso, chato, desconfortável demais, mas é o melhor lugar pra observar o paulistano e as pessoas que vieram para sampa tentar mudar de vida, eu nunca tinha visto uma mistura tão grande de sonhos e diferenças. Em plena Av. Paulista o maior susto é ver pessoas de classe média e média alta correndo de um lado pro outro atrás de ganhar dinheiro, de outro ângulo você pode observar uma massa japonesa tentando a todo custo de empurrar quinquilharias, do outro lado da rua você topa com hippies fazendo artesanato e fumando um baseado e nesse desespero todo você vê o pobre, aquele que saiu de sua terra natal achando que São Paulo seria muito bom pra ele, que logo arrumaria dinheiro e tudo mais... só que bate uma coisa forte aqui dentro quando você vê esse ser humano, vocês não tem idéia de como eu me desmontei cada vez que vi no rosto deles um olhar de frustração, de tristeza, e pior, de cansaço... ao voltar pro metrô foi triste pra mim enxergar aquele punhado de gente que parecia ter trabalhado o dia todo, mas não pareciam felizes... o pior foi observar que a cada estação o metrô se entupia de gente, é uma loucura pensar que isso daqui é vida e é pior ainda acreditar que as pessoas fazem essa escolha, na verdade num existe escolha, é isso ou passar fome, roubar, matar... nos submetemos à nossa necessidade. Eu nunca imaginei que fosse assim, nunca pensei ver tanta diferença nas ruas, em cada esquina...


Amanhã é dia de conhecer a Sé, a 25 de Março e a Liberdade... quero só ver como vou voltar!!!

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