quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Vida Louca Vida...


Em determinados momentos é bom imaginar que estamos em outro lugar e que somos outra pessoa... pelo menos por alguns segundo com certa ignorância podemos analisar nossa vida por outro aspecto, por meio de um parâmetro diferenciado que pode ou não mudar decisões, pensamentos, vontades.
O triste disso é achar que é possível não tomar decisões precipitadas e pior... a velha crença de que está tomando a decisão certa, fazendo a coisa certa diante de uma incongruência que não nos permite ser quem desejamos ser e que na verdade nem entendemos.
A vida não é só essa caixa de pandora, mas é também a dúvida e o desgaste do pensamento, acho que por isso temos o luxo de simplesmente viajar... nos projetamos
em outras dimensões, com desejos ocultos, embaraçosos, com idéias malucas, mas que dariam muito mais certo do que acatar as idéias que nos impõem... Não sou a favor do anarquismo, mas imagine a situação e entenda que seria simplesmente divertido poder fazer o que quiser, como quiser e quando quiser... melhor ainda!
O estranho é você se enxergar questionando as coisas mais simples da vida, será que o sol realmente está ali na beira da piscina, será que é isso mesmo que estou vendo ou ainda, será que é isso que realmente quero fazer... nunca temos qualquer idéia com a clareza e a certeza de que dará certo, sempre contamos com aquele desejo positivista de que não poderia ser diferente, apenas isso!
Mamãe disse que eu parei de sorrir muito cedo... não sei porque mas sempre me senti com a responsabilidade de fazer tudo dar certo, absolutamente tudo; acho que por isso eu vou sempre até a última gota de esperança em todas as minhas decisões... mas queria ter essa persistência em outros campos também.
Queria ter o dom da indiferença... esse eu realmente queria ter, queria ser capaz de passar na rua e não demonstrar remorso algum, só fingir que nada aconteceu, mas sou muito emotivo, só de passar na frente de determinados lugares eu desmorono, imagina ainda por cima cruzar com as pessoas responsáveis por essas lágrimas.
Por favor, nem sempre são lágrimas de tristezas, não perco meu tempo remoendo as angústias do passado, acho insanidade viver assim... mas é que algumas ocasiões foram tão boas, algumas coisas são simplesmente tão perfeitas, alguns momentos da infância, dos tempos do colégio... as aulas de historia do Magno com as idéias mirabolantes de salvamento pra economia, pra população, pra vida... fazem realmente parte da melhor fase da minha vida.
De certa forma ainda acreditava em Papai Noel, em Príncipe Encantado, ainda via meu cavalo branco chegando pra me resgatar das amarras do meu severo pai... rsrsrs... que viagem torta essa viu!
Aos poucos você descobre que Papai Noel nunca existiu, e isso vale pro Príncipe também. Ai em meio a uma tempestade de sentimentos você percebe que seus pais não são perfeitos mas somente eles te salvarão de suas próprias escolhas, a ficha cai e você descobre a grande diferença entre irmãos e melhores amigos, indiretamente você percebe que a empregada da sua casa sabe muito mais da sua vida do que você imagina e que seu namorado nunca vai te entender e quando isso eventualmente acontece você se prende à idéia de que ele é perfeito e esquece que não existe ninguém perfeito nesse mundo... Ou seja, sempre cavamos nossa própria cova... mas é na união dessas imperfeições que nos encontramos como seres humanos e principalmente, é nessa bagunça que encontramos nossa felicidade... E o pior de tudo isso é ainda ter que concordar com sua Avó, aquele ser que não te conhece muito, mas o bastante pra saber que tem alguma coisa errada com você e ainda te sugere umas reviravoltas que vão te dar gargalhadas de presente.

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