quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Era um menino.... Meu Amigo Imaginário


Era um menino que de tempos em tempo me surpreendia com seu jeito, que me cativava com seus olhares, que me intrigava, que me fazia ir longe em alguns pensamentos e que eu logo voltava à realidade.
Existe certa mágoa nessas palavras, amor demais, vontade demais e conhecimento algum entre os dois. De fato não é tão difícil entender o que os fez o que são hoje e o que cada um significa um para o outro... Por um lado o medo de sofrer é maior, o medo de saber que está tudo errado, de fato incompreendido e morno nesse coração que de certa forma não pára de se calejar. Do outro lado, nesse mesmo coração há uma enorme vontade de ser feliz, mas uma grande confusão de sentimentos e obrigações.
Não sei o que aconteceu, eu sei que tudo mudou... que eu não sou a mesma de alguns dias atrás e que tudo que me dava segurança, hoje, só me afasta do mundo que vivo, só me mostra que existe outro caminho... como diz o sambista, "Foi um Rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar..."
Entendam, nem tudo na minha cabeça foi pensado, não premeditei, chorei a incerteza, as dúvidas, o medo de mudar muito a minha vida, mas parece inevitável que essa mudança seja brusca e de forma tão feroz... Não escolhi entre certo e errado... só estou fazendo o que sinto que é melhor, mesmo sabendo que o melhor pra mim, pode não ser o melhor pra você.
Por isso o traduzir-se do post anterior, mas começo a crer que é impossível entender o que passa aqui dentro, as confusões mentais, religiosas, emocionais, mais pesam do que facilitam minha vida e no momento, eu queria conseguir só pensar em mim... mas eu não sou assim... felizmente ou não minha mãe não me ensinou esse egoísmo, apesar de às vezes pregar que ele faça parte da nossa vida.

Se ela quisesse

vinicius de moraes

Se ela tivesse

A coragem de morrer de amor
Se não soubesse
Que a paixão traz sempre muita dor
Se ela me desse
Toda devoção da vida
Num só instante
Sem momento de partida

Pudesse ela me dizer
O que eu preciso ouvir
Que o tempo insiste
Porque existe um tempo que há de vir
Se ela quisesse, se tivesse essa certeza
De repente, que beleza
Ter a vida assim ao seu dispor
Ela veria, saberia que doçura
Que delícia, que loucura
Como é lindo se morrer de amor


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