
Só porque agora estava pensando nos meus 15 anos... e em todas as desculpas que inventava para as lágrimas que não tinha coragem de assumir, simples assim... mas não potencial suicida e nem potencialmente romântico, só um pouco de tudo junto a um pouco de nada e que quando se mistura permanece o vazio de ser o que é ou que apenas aguarda crescer, nascer, evoluir... e morrer, como tudo nessa vida!
O LENÇO DELA
Quando, a primeira vez, da minha terra
Deixei as noites de amoroso encanto,
A minha doce amante suspirando
Volveu-me os olhos úmidos de pranto.
Um romance cantou de despedida,
Mas a saudade amortecia o canto!
Lágrimas enxugou nos olhos belos...
E deu-me o lenço que molhava o pranto.
Quantos anos, contudo, já passaram!
Não olvido porém amor tão santo!
Guardo ainda num cofre perfumado
O lenço dela que molhava o pranto...
Nunca mais a encontrei na minha vida,
Eu contudo, meu Deus, amava-a tanto!
Oh! quando eu morra estendam no meu rosto
O lenço que eu banhei também de pranto!
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