segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Amor leva o coração que o corpo não consegue aguentar....


Só porque agora estava pensando nos meus 15 anos... e em todas as desculpas que inventava para as lágrimas que não tinha coragem de assumir, simples assim... mas não potencial suicida e nem potencialmente romântico, só um pouco de tudo junto a um pouco de nada e que quando se mistura permanece o vazio de ser o que é ou que apenas aguarda crescer, nascer, evoluir... e morrer, como tudo nessa vida!


O LENÇO DELA


Quando, a primeira vez, da minha terra

Deixei as noites de amoroso encanto,

A minha doce amante suspirando

Volveu-me os olhos úmidos de pranto.

Um romance cantou de despedida,

Mas a saudade amortecia o canto!

Lágrimas enxugou nos olhos belos...

E deu-me o lenço que molhava o pranto.

Quantos anos, contudo, já passaram!

Não olvido porém amor tão santo!

Guardo ainda num cofre perfumado

O lenço dela que molhava o pranto...

Nunca mais a encontrei na minha vida,

Eu contudo, meu Deus, amava-a tanto!

Oh! quando eu morra estendam no meu rosto

O lenço que eu banhei também de pranto!

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