quarta-feira, 16 de março de 2011

O Retorno....


Depois de muito tempo sem escrever, estava aqui na frente do computador criando coragem para reorganizar as palavras que não param de passear pelo meu pensamento... na verdade, cansei do diário privado, bem ou mal, gosto de expor um pouco do que acontece para ver as reações das pessoas.
Esse ano ainda não consegui descumprir nenhuma das minhas promessas... em contrapartida, parece que é uma luta diária estabelecer metas e vê-las funcionarem. De toda forma, é latente que cansei do pessimismo de alguns, das fofocas de outros e principalmente, da falta de noção de mais alguns.
Mas a Julie atual é mais paciente, nem sei se posso afirmar isso, porque até onde sou paciente e até onde simplesmente não me importo com o que pensam? Estou preocupada, essa frieza em relação às pessoas acabam por esfriar as amizades, mas sigo convicta de que estou certa... cansei de fingir que está tudo bem e de achar que uma hora tudo melhora... não.... nada melhora não e nem as pessoas aceitam isso, sabe porque? Dificilmente aceita-se as pessoas como elas realmente são e é por isso que se criam estereótipos, padrões de perfeição que quando não são seguidos, são excluídos de qualquer convívio social.
Outra coisa que também não suporto é a capacidade de ver as lágrimas brotarem, nossa, como odeio isso, mas ao mesmo tempo é a certeza de que estou viva, que estranho, é um excesso de carência num momento no qual isso é o menor dos meus problemas, quero o mundo e sinto que o mundo não me ofere nada por todo esse desejo e respeito.
Cansada, cansada, cansada.... e pode jogar a culpa da minha revolta na TPM, mas eu não estou errada, só não estou com paciência e nem com a mínima vontade de concordar com as loucuras alheias, no meu espaço, só há vantagem para um louco, EU MESMA!!!!!
E as pessoas terão que se acostumar com isso.
Estou apaixonada também, tudo isso pode ser reflexo do meu fato novo que definitivamente... me surpreende. Não sei, mas é bom não ficar esperando nada de ninguém, mas ao mesmo tempo é bom saber que tem alguém que sente sua falta, que pensa em como você está e que isso não é uma obrigação parental...
Tudo bem que o Rafael passou de melhor amigo, companheiro e confidente a namorado, mas muitas coisas eu sei que no final das contas são resultados de organizações que fazemos com nossas vidas. Acho que todos os meus antigos namorados tem certos traumas meus, não necessariamente mágoas, mas traumas por eu ter sido tão intransigente em alguns momentos, extremamente grosseira em outros, mas hoje acredito que todos nós precisamos disso, de coisas boas e ruins, momentos de paz e de guerra... isso flui para a evolução do que queremos para nossa vida.
Antes eu sonhava com tudo, marido e filhos sempre foram a primeira opção, como se minha vida fosse projetada na possibilidade de me casar e constituir minha família... erro grave, a felicidade de ninguém pode estar pautada nas possibilidades da vida de outras pessoas... analisando melhor sei que minha felicidade está em mim, está em ser eu mesma, buscar meus sonhos, estabelecer minhas metas e ai sim, como consequência razoável de tudo isso, construir metas que englobem outras pessoas, como casar e ter filhos... por isso hoje tenho convicção de que o melhor é viver um dia de cada vez, exaurir ao máximo tudo que esse dia tem para me oferecer, porque amanhã pode ser tarde, não para viver, mas para extrair os frutos de tanto trabalho.
Hoje eu não reclamo da minha vida, eu me preocupo e agradeço porque eu tenho muita sorte, na verdade acho que sou muito abençoada, tenho uma vida tranquila dentro do que esperava pra minha idade, uma família que por mais que me dê trabalho é presente, amigas e amigos que não me deixam na mão e um namorado.... que acho que mais calmo e tranquilo, impossível... não identifiquei ainda de onde sai tanta paz nessa convivência... mas descobri que o que me interessa é ter paz na minha vida, cansei de brigar com mundo, essa é a minha vez de ser feliz!

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